segunda-feira, 4 de maio de 2009

sacaninhos


Depois de adultos, não tem mais jeito. Mais uma que é sangue do meu sangue, arquiteta, chega a uma obra poeirenta e atrasada (ambas, a obra e a arquiteta) e tem um ataque histérico com a lentidão das coisas. Resolve botar a mão na massa naquele mesmo instante. Pede, aos berros:

“Me traz um chá e uma empada!”

Frente aos olhares atônitos, possivelmente mais espantados com o teor do pedido do que com o chilique, repensa:

“Preciso de uma pá e uma enxada, por favor...”

E como amigo de peixe, peixinho é, a desenhista da arquiteta em questão gosta de caprichar na redação.

Em uma reunião com clientes seríssimos e sisudésimos, munida da planta finalizada pela tal desenhista, começa a explicar:

“Aqui está a salda de jantar, aqui fica a suíte do casal e aqui o... (engasga, mas todos estão com a planta na mão acompanhando) ...escrotório”

Eu não sei quanto a vocês, ou ao cliente em questão, mas eu penso logo em uma bacia toda dourada, com duas concavidades e uma aguinha morna para o shampoo...

Em outra reunião, com clientes menos sisudos, a cena se repete. Trata-se de um projeto comercial. Balcão de atendimento, sala de espera e... sacaninhos! Assim ficaram eternizados os escaninhos da empresa, até hoje chamados carinhosamente pela alcunha involuntária.

2 comentários:

Anônimo disse...

Nada como um pouco de sacanagem involuntária pra ajudar a levar o dia... ainda tem os roçamentos (orçamentos, claro!!!!)

Anônimo disse...

Já dizia o Dr. Sigmund que nenhum lapso é por acaso!

Quando ele foi receber um amigo, com um nariz muito avantajado, avisou suas filhas, que não queria nenhum risinho, nem piadinha sobre o nariz da visita que estava por chegar.
A filha foi servir café e açúcar ao visitante e soltou:
- O senhor aceita nariz no seu café?

Tempressanao